Europa em alerta: Bosch critica rigor do AI Act

Bosch critica rigidez do AI Act europeu, chamando o risco de “regulamentar-se até à morte”; Microsoft defende regulação equilibrada. Mercado de IA cresce, mas compliance pesa no orçamento.

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Ana Freiria

6/26/20251 min read

O CEO da Bosch, Stefan Hartung, fez um alerta no Fórum de Tecnologia em Stuttgart: o excesso de regulações na Europa pode "regulamentar a si mesma até à morte" e frear a inovação em inteligência artificial (IA). Ele destaca que exigências burocráticas e indefinições legislativas tornam a Europa pouco atraente para investimentos em tecnologias de IA.

🌐 Investimentos em risco

  • A Bosch, líder europeia em patentes de IA, planeja investir €2,5 bilhões até 2027 em áreas como condução autônoma e eficiência industrial.

  • Enquanto isso, os EUA mobilizam até US$ 500 bilhões do setor privado, e a UE pretende canalizar até €200 bilhões para o desenvolvimento de IA.

⚖️ Tensões regulatórias

  • O grupo de lobby CCIA Europe (Alphabet, Meta, Apple) pediu uma pausa na implementação do AI Act, destacando que as regras estão “confusas” e podem sufocar a inovação.

  • Já na Microsoft, Eric Horvitz defende que uma regulação bem feita pode acelerar o progresso e cita a importância de diretrizes sobre confiabilidade, transparência e controle.

🧭 Implicações para o futuro

Governo / EmpresaPosição sobre regulaçãoBosch (Hartung)Liberalizar para competirCCIA EuropePausar para clarificar regrasMicrosoft (Horvitz)Regular, mas com equilíbrio.

  • A partir de agosto de 2025, parte do AI Act entra em vigor, e empresas europeias relataram gastar até 40% do orçamento de TI em compliance por causa das regras.

  • Enquanto isso, o mercado global de IA segue firme, com projeções de valor de US$ 391 bilhões e crescimento anual de até 35,9%.

📝 Resumo para publicação

O CEO da Bosch alerta sobre o impacto negativo de um excesso de regulação na Europa, enquanto entidades de tech, como CCIA e Microsoft, discordam sobre o ritmo e a forma do AI Act. O debate gira em torno de achar um ponto de equilíbrio entre inovação e responsabilidade — com bilhões em jogo.