5 Decisões históricas que já saíram de encontros do BRICS

Descubra 5 decisões históricas dos encontros do BRICS que impactaram a economia global, alianças geopolíticas e o desenvolvimento sustentável.

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Ana Freiria

7/5/20252 min read

O poder de um bloco em ascensão

O BRICS — formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — tem ganhado destaque nas discussões internacionais. Desde a sua criação em 2006, o grupo promove reuniões anuais para debater temas cruciais como economia, política, inovação e cooperação entre países em desenvolvimento. Mas, afinal, que tipo de decisões concretas já saíram desses encontros? A seguir, destacamos 5 marcos históricos que mostram a força e a relevância do BRICS no cenário global.

🏦 1. Criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB)

Em 2014, durante a Cúpula de Fortaleza (Brasil), os países do BRICS fundaram o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como o “Banco dos BRICS”.

Objetivo:

  • Financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países membros e outras economias emergentes.

  • Reduzir a dependência de instituições como o FMI e o Banco Mundial.

O NDB já aprovou bilhões de dólares em financiamentos, inclusive para projetos no Brasil, como energia renovável e mobilidade urbana.

💵 2. Criação do Arranjo Contingente de Reservas (CRA)

Também na Cúpula de 2014, os BRICS criaram o CRA (Contingent Reserve Arrangement), uma reserva conjunta de US$ 100 bilhões.

Finalidade:

  • Proteger as economias dos membros contra choques externos e flutuações cambiais.

  • Oferecer suporte emergencial sem as exigências rígidas dos organismos tradicionais.

Essa medida fortaleceu a soberania financeira dos países membros e representou um passo concreto rumo à autonomia econômica.

📡 3. Cooperação tecnológica e digital

Durante a Cúpula de 2021, realizada virtualmente, o BRICS lançou uma iniciativa conjunta para a cooperação em transformação digital e inovação tecnológica.

Inclui:

  • Parcerias em Inteligência Artificial (IA), computação em nuvem e big data.

  • Intercâmbio de startups e desenvolvimento conjunto de tecnologias estratégicas.

Esse movimento é essencial para o futuro digital dos países membros e reforça a ideia de independência tecnológica frente às grandes potências ocidentais.

🌱 4. Compromissos ambientais e sustentabilidade

Em várias cúpulas, principalmente a de Xiamen (2017), o BRICS firmou acordos para reforçar o desenvolvimento sustentável e o combate às mudanças climáticas.

Entre os compromissos:

  • Acordo para cumprir as metas do Acordo de Paris.

  • Cooperação para energia limpa e gestão de recursos naturais.

Esses compromissos mostram o engajamento do bloco com as questões ambientais globais, mesmo com diferenças políticas entre os membros.

🌐 5. Expansão do bloco: novos membros em 2024

Na Cúpula de Joanesburgo (2023), o BRICS anunciou a entrada de novos países, como Egito, Irã, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita — um marco histórico.

Por que é importante?

  • A expansão aumenta a representatividade e o poder geopolítico do grupo.

  • Fortalece a ideia de um mundo multipolar, com menos dependência de blocos ocidentais.

Essa decisão abriu caminho para uma reconfiguração da ordem mundial e atraiu o interesse de outros países.

📝 Conclusão: O BRICS deixa sua marca

As decisões dos encontros do BRICS não são apenas declarações diplomáticas — muitas geram impactos reais nas economias e relações internacionais. Em tempos de transformação global, o bloco segue ampliando sua influência e promovendo alternativas viáveis ao sistema tradicional dominado por potências ocidentais.